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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Tingimento do Papel Vegetal 02

Para Tingir o Papel Vegetal

Você primeiramente deve forrar com papel absorvente a superfície na qual irá trabalhar. Pode ser algumas folhas de jornal se este não soltar tinta, com ou sem o solvente. Se soltar, coloque um folha de papel 'kraft', papelão, papel tipo jornal, ou algum outro.

Não use plástico, pois este provavelmente vai ficar úmido e tingir, mesmo sem querer, a face do vegetal que está por baixo: o papel vegetal geralmente só é tingido em uma das faces.

Em trabalhos com vegetal tingido, é interessante que as duas folhas de vegetal não estejam soltas, mas apenas dobradas. Sempre que você cortar o papel vegetal, lembre-se de que ele é perfurado, boleado e picotado em duplicata. Se o papel não for tingido, o simples processo de perfuração será suficiente para unir as duas folhas, as quais serão separadas ao fim do picote. Com o papel tingido, isso geralmente não acontece. As folhas ficam soltas e se forem duas folhas separadas, ficará mais difícil mantê-las juntas para serem boleadas e picotadas.

Se optar por mantê-las juntas pela dobra, tome cuidado na hora do tingimento. Quando juntas, as duas faces de cima devem ser tingidas. Não adianta tingir uma folha grande em uma das faces e depois dobrar. Se assim o fizer, você terá a face da frente da primeira tingida e a face de trás da segunda. Isso não está correto.

Se você quiser, pode colocar um pequeno pedaço de fita crepe na face tingida ou fazer uma marcação de algum tipo, a lápis, fora da área que será ocupada pelo trabalho, para saber qual face foi tingida. Como opção, poderá fazer um teste de relevo antes de começar a perfurar o papel vegetal.


Por que todo este cuidado? Observe as figuras acima e abaixo. Dependendo de qual lado você boleie o papel vegetal tingido dessa maneira, o relevo ficará branco ou da cor na qual foi tingido, só que mais claro. Se fizer o tingimento e marcações corretas, poderá escolher, entre essas duas opções, a cor do relevo.



Não é necessário prender o vegetal para ser tingido. Escolha a cor ou cores que vai usar. Se escolher mais de uma, deixe uma pequena faixa sem pigmento e use um chumaço de algodão para cada cor, para que estas não se misturem. Delicadamente, rabisque o papel vegetal com o giz de cera escolhido. A superfície inferior, a base sobre a qual trabalha deve ser firme para não danificar o papel vegetal. Quanto mais pigmento colocar no papel, mais escuro ficará o tingimento.

Você deve cuidar para não arranhar o papel vegetal com alguma impureza que porventura houver no giz de cera. Não adianta apertar muito o giz. Rabisque bem, sem apertar, para pigmentar bem o papel vegetal.

Feito isso na área desejada, com um algodão úmido em solvente, vá diluindo o pigmento sobre o papel. O algodão deve estar úmido, não pingando solvente. Se usar mais de uma cor, não as misture.

Provavelmente removerá boa parte do pigmento ( e da cor) do papel vegetal. Não tem importância. Repita o processo até conseguir a cor desejada. Para evitar isso, guarde os chumaços usados para usar no próximo tingimento, pois o algodão já vai estar pigmentado, tingindo o vegetal já na primeira passagem. Deixe que sequem bem antes de guardá-los, de preferência separando por cores.

Se por ventura o cor do tingimento ficar mais escura do que queria, pegue um chumaço de algodão limpo, umedeça-o no solvente e passe no vegetal para remover o excesso de pigmento.

Também pode aplicar uma outra cor sobre uma superfície já tingida, seca ou não utilizando um chumaço de algodão levemente úmido de solvente com pigmento de outra cor. Nesse caso, nunca esfregue o algodão no papel vegetal: dê pequenas batidas em sua superfície.

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