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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pintura 04

Pintura em Papel Vegetal Tingido

Até aqui, o que fizemos foi desenhar e pintar em papel vegetal branco. Se este for tingido, há um passo a mais na seqüência de procedimentos, se quiser um desenho colorido.

Estando o papel vegetal tingido, a cor do tingimento afetará as cores da figura. Nesse caso, você poderá executar desenhos mais complexo, cheio de detalhes, mas sem pintura, somente com os contornos em nanquim preto. Se quiser uma figura colorida proceda como descrito a seguir.

A primeira coisa a se fazer é o contorno do desenho em nanquim. Antes de colorir o desenho, você deverá remover o tingimento do interior da figura com um lápis borracha e borracha macia. Cuidado para não arranhar o vegetal com o lápis borracha, apertando-o muito. Remova-o totalmente, sem deixar nem um leve traço de cor. Depois continue a pintura normalmente.

Uma outra situação que pode ocorrer, é usar papel vegetal branco sobre um sulfite ou cartolina colorida. Nesse caso, a cor do papel de baixo também irá influenciar as cores da figura. Para evitar isso, você terá de pintar a figura de branco por trás, depois da pintura, como descrito anteriormente.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pintura 03

Pintura - Destaque seu desenho



Se você quiser dar um destaque maior ao desenho, principalmente se estiver usando um papel sulfite colorido por baixo, você poderá pintar partes dele ou todo ele por trás com tinta branca, acrílica ou plástica, depois de finalizada a pintura com lápis de cor. Olhos e partes brancas da figura se beneficiam muito com essa técnica. Evite pintar com nanquim branco, pois ele poderá rachar quando secar e descascar.

Faça da seguinte maneira: depois da pintura feita, com um pincel, pinte a área interna da figura com a tinta branca, cuidando para não ultrapassar o traço de nanquim preto. Use sempre um pincel de tamanho compatível, mais delicado para as bordas e detalhes do desenho e maior para o interior. Não use muita tinta no pincel, se precisar passe duas mãos dando um intervalo para a secagem. Cuidado, pois o papel vegetal poderá ficar enrugado se muita tinta for usada, principalmente se for dos tipos mais finos. Deixe secar bem, pois com isso a ondulação diminuirá.


Quer você tenha ou não pintado a figura por trás, poderá, como um detalhe a mais, passar sombra de maquiagem por trás da figura, com um cotonete ou pedaço de algodão. A impressão que dá é que quando pintamos o branco por trás da figura, a trazemos para frente, e quando aplicamos o fundo com a sombra, 'afundamos' mais o fundo. Tente aplicar isso em seus desenhos.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pintura 02

Para começar escolha um desenho simples, de preferência já colorido, com efeito de claro e escuro. O exemplo a seguir eu consegui em uma coletânea de cliparts. A figura representa um cãozinho e uma borboleta e foi ampliada:



Faça adaptações no desenho original, visando a rapidez e praticidade do trabalho. Como é muito mais fácil desenhar uma série de riscos pequenos ao invés de uma linha contínua para representar o pelo fofo do cãozinho, assim o fiz. Não é sempre que isso é possível, mas se for, não deixe de aplicar essa idéia. O desenho acima ficaria assim:

Capriche também nos olhos, pois estes sempre dão vida ao desenho. Veja que a figura tem poucas cores. No cãozinho apenas bege, marrom e preto. O preto do contorno e do olho, no papel vegetal seriam feitos em nanquim pela frente do trabalho. O resto da pintura, bege e marrom, pela parte de trás.

Mas falta alguma coisa para dar mais vida ao desenho. Veja a próxima figura e observe os detalhes feitos em branco. O brilho do olho e do focinho, depois de finalizado o colorido por trás, será feita pela parte da frente com nanquim branco e caneta bico de pena.


Eu começo sempre pelo tom mais escuro da mesma cor, com uma pressão mais forte no início que vai se suavizando, tentando não deixar riscos no vegetal. Na pintura, trabalhe sempre sobre superfícies duras, de preferência brancas. Apóie sobre um papel sulfite branco e mantenha outra folha para rabiscos de testes do tom dos lápis que estiver usando.

Na figura original não há muita diferenciação entre luz e sombra, mas geralmente a luz vem de cima e a sombra fica embaixo. Se quiser acrescentar mais esse efeito tridimensional ao desenho, escureça um pouco as partes que estariam na sombra.

Para dar um efeito aquarelado ao lápis de cor comum, pegue um palito de dente, enrole um pequeno chumaço de algodão em uma das pontas. Umedeça o algodão com benzina e passe na área pintada. Não misture as cores: use um algodão diferente para cada uma delas. É provável que algum outro solvente faça o mesmo efeito. Teste o que tiver em casa, pois benzina tem sua venda controlada e é mais difícil de encontrar.

Advertência: benzina é uma substância tóxica e altamente inflamável. Ela só deve ser manuseada por pessoas responsáveis e em locais bem ventilados longe de fontes de calor. Ela deve ser guardada em lugares seguros, fora do alcance de crianças, animais e fontes de calor.

Se souber mais de pintura do que eu, e achar que nos parágrafos anteriores só está escrito besteira, por favor ignore-os, e aceite minhas desculpas pelo tempo gasto em lê-los.

Para aqueles que nada sabem de pintura eu aconselho a prestar atenção a qualquer desenho que lhe cair em mãos e treinar bastante tentando reproduzi-los. Utilize papel carbono ou de seda para copiá-los e scanner e impressora se quiser modificar seu tamanho. Os primeiros talvez não fiquem como queria, mas sua técnica e prática melhorarão com o tempo. Tente encontrar desenhos não muito complicados, principalmente no início, quando ainda não tiver prática.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Parte 8 - Pintura 01

Depois de um "longo e tenebroso inverno" eis-me aqui novamente.

Parte 8 - Pintura

Se você que está lendo este curso nesse blog teve algum tipo de aula de pintura ou desenho, provavelmente saberá muito mais de pintura do que eu e pouco ou nada terei a acrescentar.

Se você não sabe nada de pintura ou desenho, só poderei dar algumas sugestões e você terá de ter paciência e treinar um pouco para aprimorar sua técnica.

Se já trabalhou com vegetal percebeu que ele não admite erros: uma vez amassado, a marca ficará para sempre. Em alguns aspectos, com a pintura acontece o mesmo. Por isso, se não sabe nada de pintura, use lápis de cor. Se aplicado delicadamente, poderá ser apagado em caso de erro.

Com o nanquim não acontece o mesmo: uma vez aplicado, não há garantias de que possa ser corrigido, nem pequenos riscos, raspando-o com um estilete. Você terá de treinar para conseguir firmeza nos traços.

A grande maioria das figuras feita em trabalhos de papel vegetal tem um contorno de nanquim preto pelo lado direito e é pintado com diferentes materiais pelo lado avesso. O nanquim é aplicado com uma caneta bico de pena própria para nanquim, com várias numerações indicando a espessura do traço. Nesse tipo de trabalho, contorno, nos interessa as de espessura de traço mais fino e que são as mais facilmente encontradas.

Para obter um traço mais fino, costumo afiar mais ainda a ponta da caneta bico de pena, em uma pedra para afiar facas. Se for fazer isso, tome cuidado para não danificar a pena. Também costumo trocar o cabo da mesma por um com diâmetro maior para dar mais firmeza. Se sua pena for comprada, também convém remover o verniz que recobre a parte metálica. Para isso basta esquentá-la levemente em uma chama de vela.

Antes de tentar fazer qualquer desenho em algum trabalho de papel vegetal, treine um pouco com a pena e nanquim em uma folha de papel qualquer. Perceberá que quanto mais apertar ou inclinar a pena, mais espesso ficará o traço. Então, terá de manter a pena perpendicular e só passá-la de leve sobre o papel para conseguir um traço fino.

Além disso, qualquer sujeira ou acúmulo de tinta seca em sua ponta também produzirá um traço mais espesso. Se perceber que isso está acontecendo, pare o trabalho e limpe a pena com um pano ou papel que não solte fiapos e álcool líquido. Seque a seguir.

Você não precisa saber desenhar para ilustrar seus trabalhos, pode apenas copiar desenhos de outras fontes, tais como revistas de pintura em geral, principalmente pintura em tecido, revistas de bordado, livros infantis, cliparts e diversas outras fontes. E só prestar atenção nas figuras que surgirem e pensar em que tipo de trabalho podem ser aplicadas.

O nanquim e a pena podem ser substituídos por canetas para arte final. Apesar de serem importadas, não são tão caras assim e relativamente fáceis de encontrar. Os trabalhos não ficam tão bonitos como os feitos com nanquim, pois este produz um traço de cor bem escura e sem variação de tom. As canetas de arte final não foram feitas para serem usadas em papel vegetal mas em papéis mais absorventes. Por isso seu traço fica mais claro com pontos mais escuros ao fim do traço, onde há acúmulo de tinta. Eu as uso apenas em desenhos muito pequenos ou em detalhes. Podem ser encontradas em diferentes espessuras de traço, a partir de O,O5mm. Tanto a caneta quanto o bico de pena com nanquim borram com facilidade. Tome cuidado quando estiver utilizando qualquer um deles.

O colorido é dado do lado avesso do papel vegetal, com lápis de cor, giz de cera, pastel, canetas hidrográficas e vários tipos de tinta. O material de eleição para principiantes é lápis de cor, pois pode ser mais facilmente apagado e corrigido. Antes de tentar qualquer pintura em papel vegetal, treine antes em folhas de rascunho de papel sulfite e pedaços de papel vegetal.

Os lápis de cor mais adequados são os de mina macia, facilmente encontrados em lojas do tipo' a partir de 1,99 '. São lápis baratos de baixíssima qualidade em virtude da maciez da mina. Se o lápis cair no chão ou não for apontado com cuidado, as pontas irão se quebrar constantemente. Por isso é bom ter uma dessas lapiseiras com apontador de minas em uma das extremidades, cujo nome era 'Compactor'. Não sei se ainda são fabricadas, a minha tem uns vinte anos. Se tiver ou conseguir ainda uma dessas, arrume uma caixinha para colocar as pontas quebradas para o posterior uso.

Não compre nenhuma caixa de lápis de cor se já tiver algum em casa. Acostume-se a usar o que tiver mais a mão, mesmo se estes forem duros.

Cada pessoa tem um estilo de pintura que sabe fazer melhor ou gosta mais. Tente descobrir o seu. Eu gosto de pintar formando sempre um degrade, partindo sempre do tom mais escuro para o mais claro de uma mesma cor.

Na próxima postagem mais dicas, porque esta aqui já está muito longa.