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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Parte 8 - Pintura 01

Depois de um "longo e tenebroso inverno" eis-me aqui novamente.

Parte 8 - Pintura

Se você que está lendo este curso nesse blog teve algum tipo de aula de pintura ou desenho, provavelmente saberá muito mais de pintura do que eu e pouco ou nada terei a acrescentar.

Se você não sabe nada de pintura ou desenho, só poderei dar algumas sugestões e você terá de ter paciência e treinar um pouco para aprimorar sua técnica.

Se já trabalhou com vegetal percebeu que ele não admite erros: uma vez amassado, a marca ficará para sempre. Em alguns aspectos, com a pintura acontece o mesmo. Por isso, se não sabe nada de pintura, use lápis de cor. Se aplicado delicadamente, poderá ser apagado em caso de erro.

Com o nanquim não acontece o mesmo: uma vez aplicado, não há garantias de que possa ser corrigido, nem pequenos riscos, raspando-o com um estilete. Você terá de treinar para conseguir firmeza nos traços.

A grande maioria das figuras feita em trabalhos de papel vegetal tem um contorno de nanquim preto pelo lado direito e é pintado com diferentes materiais pelo lado avesso. O nanquim é aplicado com uma caneta bico de pena própria para nanquim, com várias numerações indicando a espessura do traço. Nesse tipo de trabalho, contorno, nos interessa as de espessura de traço mais fino e que são as mais facilmente encontradas.

Para obter um traço mais fino, costumo afiar mais ainda a ponta da caneta bico de pena, em uma pedra para afiar facas. Se for fazer isso, tome cuidado para não danificar a pena. Também costumo trocar o cabo da mesma por um com diâmetro maior para dar mais firmeza. Se sua pena for comprada, também convém remover o verniz que recobre a parte metálica. Para isso basta esquentá-la levemente em uma chama de vela.

Antes de tentar fazer qualquer desenho em algum trabalho de papel vegetal, treine um pouco com a pena e nanquim em uma folha de papel qualquer. Perceberá que quanto mais apertar ou inclinar a pena, mais espesso ficará o traço. Então, terá de manter a pena perpendicular e só passá-la de leve sobre o papel para conseguir um traço fino.

Além disso, qualquer sujeira ou acúmulo de tinta seca em sua ponta também produzirá um traço mais espesso. Se perceber que isso está acontecendo, pare o trabalho e limpe a pena com um pano ou papel que não solte fiapos e álcool líquido. Seque a seguir.

Você não precisa saber desenhar para ilustrar seus trabalhos, pode apenas copiar desenhos de outras fontes, tais como revistas de pintura em geral, principalmente pintura em tecido, revistas de bordado, livros infantis, cliparts e diversas outras fontes. E só prestar atenção nas figuras que surgirem e pensar em que tipo de trabalho podem ser aplicadas.

O nanquim e a pena podem ser substituídos por canetas para arte final. Apesar de serem importadas, não são tão caras assim e relativamente fáceis de encontrar. Os trabalhos não ficam tão bonitos como os feitos com nanquim, pois este produz um traço de cor bem escura e sem variação de tom. As canetas de arte final não foram feitas para serem usadas em papel vegetal mas em papéis mais absorventes. Por isso seu traço fica mais claro com pontos mais escuros ao fim do traço, onde há acúmulo de tinta. Eu as uso apenas em desenhos muito pequenos ou em detalhes. Podem ser encontradas em diferentes espessuras de traço, a partir de O,O5mm. Tanto a caneta quanto o bico de pena com nanquim borram com facilidade. Tome cuidado quando estiver utilizando qualquer um deles.

O colorido é dado do lado avesso do papel vegetal, com lápis de cor, giz de cera, pastel, canetas hidrográficas e vários tipos de tinta. O material de eleição para principiantes é lápis de cor, pois pode ser mais facilmente apagado e corrigido. Antes de tentar qualquer pintura em papel vegetal, treine antes em folhas de rascunho de papel sulfite e pedaços de papel vegetal.

Os lápis de cor mais adequados são os de mina macia, facilmente encontrados em lojas do tipo' a partir de 1,99 '. São lápis baratos de baixíssima qualidade em virtude da maciez da mina. Se o lápis cair no chão ou não for apontado com cuidado, as pontas irão se quebrar constantemente. Por isso é bom ter uma dessas lapiseiras com apontador de minas em uma das extremidades, cujo nome era 'Compactor'. Não sei se ainda são fabricadas, a minha tem uns vinte anos. Se tiver ou conseguir ainda uma dessas, arrume uma caixinha para colocar as pontas quebradas para o posterior uso.

Não compre nenhuma caixa de lápis de cor se já tiver algum em casa. Acostume-se a usar o que tiver mais a mão, mesmo se estes forem duros.

Cada pessoa tem um estilo de pintura que sabe fazer melhor ou gosta mais. Tente descobrir o seu. Eu gosto de pintar formando sempre um degrade, partindo sempre do tom mais escuro para o mais claro de uma mesma cor.

Na próxima postagem mais dicas, porque esta aqui já está muito longa.

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