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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Aviso

Postagem curtinha para avisar que, por motivos que fogem do meu controle, não poderei postar por alguns dias.

Nos vemos em breve.

Parte 7 - Picote


O picote consiste em cortar as áreas perfuradas com uma tesoura pequena, de ponta fina através de seus furos.

Para o picote, precisaremos de uma tesoura com suas pontas bem finas, para que introduzamos as mesmas em dois furos cortemos o papel vegetal entre eles 'beliscando-o'.

O efeito de picote só é conseguido se a tesoura estiver na perpendicular em relação ao papel vegetal.

Primeiramente deverá proteger os dedos da mão esquerda, se sua mão dominante for a direita, o indicador e o médio. Você vai apoiar a ponta da tesoura em um desses dedos e isso irá impedir que se machuque. Enrole um pedaço de esparadrapo ou fita crepe, dando duas ou três voltas ou coloque uns dois ou três pedaços um sobre os outros. Vá trocando quando for necessário.

Você terá de achar a posição mais confortável para fazer o picote. A seguir uma sugestão é dada para as pessoas destras. Se você for canhoto, apenas inverta as mãos.

Picote sempre sobre uma bandeja rasa, uma tampa de caixa de sapato ou um papel grande: vai ser muito mais fácil se livrar dos restos do vegetal picotado, ao invés de ficar limpando a mesa e varrendo o chão.

Apóie os cotovelos na mesa e segure o vegetal com a mão esquerda, sem amassá-lo. Pegue a tesoura com a direita da maneira usual. Se a tesoura for curva, a curvatura deverá ficar para cima. Para picotar, ainda segurando a tesoura dessa maneira, vire a palma da mão para cima. Se a tesoura tiver curva, esta agora estará para baixo. Introduza as pontas da tesoura em duas perfurações contíguas e picote.

O esquema anterior você já conhecem e mostra os picotes mais comuns.

O picote sempre é feito utilizando-se duas perfurações que estejam uma ao lado da outra, ou uma sobre a outra. A única exceção é quando temos perfurações em cantos e na borda externa. No esquema 18 na página anterior, mostrado em azul, os picotes de alguns conjuntos de perfurações.
Note que o picote para formarmos um 'X' não é feito com dois cortes diagonais, mas quatro cortes acompanhando as perfurações.

Geralmente não é necessário fazermos todos os picotes. Você perceberá, por exemplo, que, no corte do 'X' do parágrafo anterior, no segundo ou terceiro picote, o miolo se solta não sendo necessário os picotes restantes. Se, por ventura algum resto de vegetal ainda permanecer preso ao corpo principal do trabalho, evite puxá-lo. E bem melhor removê-lo com novo picote para, não rasgar o papel vegetal.

Comece o picote sempre pelo desenho interno do trabalho, deixando o picote da borda para o fim. Se for possível, deixe o picote da borda externa apenas quando for fazer a ilustração, se houver, ou finalização do trabalho. Isso é feito para evitar que o simples manuseio do vegetal o danifique.
Em cartões só com relevo, sem figura, faça todo o trabalho deixando o picote da borda para o fim: faça os envelopes, perfure e picote o sulfite para o miolo, picote os motivos do interior e só depois a borda. Se for colar o miolo, cole-o e coloque o cartão já pronto no envelope para evitar que se amasse.

De qualquer maneira, postergue o máximo possível o picote da borda externa.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Execução do Relevo


Execução do Relevo

Para fazer o relevo você deverá copiar o esquema previamente planejado. Pressione o boleador no avesso do papel sobre a superfície acolchoada como se estivesse escrevendo ou desenhando.

De inicio faça uma pressão leve, pois ainda não tem experiência ou prática. Não aperte muito, pois poderá rasgar o vegetal. Se precisar, passe o boleador várias vezes no mesmo local, até conseguir o efeito desejado e aprender que força aplicar.

Para um relevo ficar mais bonito, tente sempre aplicar a mesma pressão para não deixar falhas. Sempre que houver relevo ao lado de uma área de picote, faça-o o mais próximo possível das perfurações, para um melhor efeito. Se fechar alguma perfuração durante o processo, perfure-a novamente, pelo lado direito do trabalho.

Quando estiver boleando, principalmente círculos como aqueles do esquema 1, tente fazer um círculo e não uma 'rosquinha'. Comece pelo centro e vá abrindo em movimentos circulares, até chegar às perfurações. Sempre vire o trabalho para olhar o lado direito e ver como ele está ficando. Repasse o boleador pelo mesmo local até que o relevo fique com uma cor leitosa, seja branca ou da cor do tingimento.

Geralmente o relevo constitui-se de um motivo que se repete por todo o trabalho. Além disso, dentro de um mesmo motivo, partes do motivo podem se repetir. Um dos segredos dessa técnica é fazer todas as partes que se repetem iguais. Você consegue isso com treino e com um pequeno truque. Observe o esquema a seguir.

Nesse esquema, o motivo que se repete é uma flor, constituída de quatro pétalas iguais. Para que cada pétala fique o mais parecido possível com as outras, descubra a posição em que tem maior facilidade de executar o desenho. Por exemplo, eu começo no centro da flor, na ponta da gota que representa a pétala, e faço sempre o desenho para cima. Quando eu terminei todas as gotas dessa direção, giro o cartão e continuo a fazer as pétalas dessa mesma maneira.

No esquema, eu faria primeiro as pétalas de cor laranja, giraria o trabalho e faria as de cor vermelha, giraria e faria as de cor azul, giraria e faria as de cor verde. Siga a ordem que quiser mas procure sempre executar o mesmo desenho na mesma direção, da mesma maneira.

Isso também se aplica às linhas externas do bloco de relevo ao relevo próximo à borda externa e riscos no interior de pétalas e outros. Descubra em que posição você tem mais facilidade e vá girando o trabalho para fazê-lo sempre na mesma direção.

No caso de riscos no interior e ao redor de pétalas e outros motivos, faça sempre os riscos em uma mesma direção, para o trabalho ficar mais simétrico.

Se você não tiver certeza de qual boleador é mais adequado para cada relevo por não saber a espessura do traço, faça um teste num pedaço de papel vegetal. De maneira geral, círculos como os do esquema 1 são feitos com o boleado esférico n° 103 da Stylustec ou similar. É o terceiro em tamanho. Para fazer a maioria dos desenhos internos, linhas externas e perto da borda externa, o nº 102 é usado. Para desenhos mais delicados e riscos no interior de pétalas, o nº 101 é o mais indicado. Entretanto, você pode usar o que achar mais adequado, segundo o seu trabalho. Na dúvida, teste seus boleadores num pedaço qualquer de papel vegetal.

Para um relevo de bordas mais evidenciadas, faça o contorno com o boleador mais fino e depois o preencha com um boleador mais grosso, até que ele fique totalmente claro.

Pelo avesso, o papel vegetal perfurado pode ser áspero como uma lixa.
Se tiver uma pele sensível, principalmente perto das unhas dos dedos anelar e médio da mão dominante, é melhor protege-la com um pedaço de fita crepe ou esparadrapo ou colocar um papel macio sobre as perfurações para apoiar a mão, para evitar que a sessão de relevo se torne uma sessão de tortura.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Parte 6 - Execução do Relevo: introdução


Depois de perfurar todo o papel vegetal, conforme o modelo da matriz, vamos passar para a etapa de relevo.

Nós fazemos o relevo, ou boleamos, o papel vegetal sempre do lado avesso, ou seja, do lado mais áspero, usando os boleadores. Estes instrumentos possuem geralmente uma esfera metálica em sua ponta, de diferentes tamanhos segundo sua numeração. Também existem boleadores de outros formatos, como estrelas e corações, e outros formados por um arco de metal, chamados boleadores esfumaçadores.

Além desses boleadores, algumas pessoas também usam brocas de dentista para a execução do relevo, principalmente as laminadas do tipo tronco cônicas invertidas de maior diâmetro. Elas produzem um desenho parecido com uma flor de pétalas retas. São afiadas e podem cortar o vegetal se manuseadas sem o devido cuidado.

Somente os boleadores esféricos são imprescindíveis para esta técnica de trabalho. Não tenho nenhum de estrela ou coração, só esféricos e esfumaçadores, e faço todos meus relevos com eles.

Como base para a execução do relevo é usada uma superfície levemente acolchoada. Eu uso um mouse pad, dos mais baratos, com tecido de um dos lados. Um pedaço de E.V.A., emborrachado ou de feltro também podem ser usado, mas este com o tempo deverá ser substituído. Use o que tiver, mas, se for comprar, opte por um mouse pad de cor escura.