Ganhe para visitar sites:

domingo, 31 de maio de 2009

Perfuração do Papel no Interior do Cartão

O papel vegetal, principalmente os mais finos, é um material transparente. Em cartões com dizeres no interior ou mesmo de face única, você poderá querer colocar uma folha de sulfite, cartolina ou outra em seu interior ou atrás.

Para acrescentar esse sulfite, no caso, você poderá apenas dobrá-lo e colocar essa dobra na dobra do cartão. Subtraia 0,5 cm ou quanto desejar do tamanho do cartão de cada lado, exceto o lado da dobra e cortar o sulfite em linha reta com uma tesoura comum, de corte em zig-zag ou ondulado ou cortadores específicos. Esse tipo de procedimento valoriza o relevo da borda externa do trabalho, o qual ficará mais evidente.

Uma outra maneira de se fazer isso é também perfurar e picotar o papel que vai no miolo do cartão. Para fazer isso, meça o cartão de papel vegetal aberto e corte o papel que irá usar em um tamanho um pouco maior. Junte dois para furar ao mesmo tempo como no caso do vegetal, se for papel sulfite. Para papéis mais grossos, fure apenas um de cada vez.

Em ambos os casos acima, dobre esse(s) papel (papéis) ao meio, pois furaremos e picotaremos frente e verso de uma só vez e ele sairá pronto.

Em trabalhos bem acabados, o papel interior, se houver, não deverá ficar maior do que o vegetal, a não ser que tenha sido planejado assim.

Para evitar isso, quando prender a matriz sobre o papel e o isopor com os alfinetes, a última carreira de furos da borda, aquela sobre a qual dobrou o vegetal para fazer a dobra do cartão, ficará de fora, ao lado da dobra do papel. Para entender melhor, observe o esquema a seguir:


Na linha onde está escrito 'Dobra' é onde estará a dobra do papel que irá perfurar. Observe que os dez furos ('X') da primeira linha de cima ficaram de fora do papel e não serão feitos. Perfure apenas a borda externa.

Remova a matriz e se quiser picote esse papel como se fosse papel vegetal ou, com uma tesoura maior, corte sobre as perfurações.

Se quiser perfurar algum papel para colocar atrás de um cartão simples, bastará pegar a matriz do mesmo e perfurar toda sua borda externa.

sábado, 30 de maio de 2009

Perfuração do Papel Vegetal: cartões duplos

Perfuração de Cartões Duplos

Se você estiver perfurando um cartão com frente, interior e verso em papel vegetal, terá de tomar alguns cuidados. Posicione a matriz próximo à borda do papel vegetal, e à dobra, se houver.

A borda da matriz e do vegetal devem estar paralelas, pois você terá de dobrar o vegetal para fazer a parte de trás do cartão. Se a matriz estiver muito torta, quando dobrar, a parte de trás do cartão pode não caber no vegetal restante.

Isso funciona bem para cartões quadrados e retangulares. Para cartões de borda irregular, com formato de flores, borboletas, corações, faça com que a dobra do cartão fique sempre na perpendicular e no centro do pedaço de vegetal que cortou.

Na borda lateral da matriz onde ficará a dobra do cartão, é melhor não perfurar todos os furos, para evitar que as duas partes do cartão se separem. Você deverá perfurar apenas os furos vizinhos do vazado.

Observe o esquema a seguir, que representa um segmento de borda. Na linha escrito 'Dobra' é onde ficará a dobra do cartão. O que estiver marcado com 'X' deverá ser perfurado. O que está marcado com 'O' não deverá ser perfurado pois está na dobra do cartão.


A face mais áspera do vegetal perfurado é o avesso do cartão, a face mais lisa é a frente. Tenha sempre isso em mente.

Coloque o cartão com o avesso para cima. Perceberá que o vegetal em alguns casos parecerá uma lixa. Faça o relevo como explicado na próxima parte com mais detalhes.

Agora, com o relevo feito, vire o cartão do avesso. Coloque uma régua onde deverá dobrar o cartão. Segure-a firme, mas sem apertar muito para não danificar o relevo. Dobre o papel vegetal cuidadosamente para formar a parte de trás do cartão. Como ainda não tem muita prática, dobre uma folha de vegetal de cada vez. Faça um vínculo não muito forte com a unha, para que ele não fique abrindo. Se o relevo foi danificado, delicadamente o conserte.

Fure a parte de trás do cartão com os mesmos procedimentos. Não é necessário o uso da matriz. Prenda a face da frente do cartão no vegetal da parte de trás com tantos alfinetes forem necessários para firmar bem o vegetal no isopor, sempre usando as perfurações da borda pois é só esta que iremos perfurar. Fure toda a volta. Removendo os alfinetes e soltando o cartão, agora totalmente perfurado, podemos passar agora para a fase de picote.

Muito confuso? Qualquer dúvida, deixe um comentário.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Perfuração do Papel Vegetal: perfurando


Perfuração do Papel Vegetal

Cortado o papel, passemos para a perfuração propriamente dita. Se estiver apenas aplicando uma área de picote e relevo em um trabalho qualquer, coloque o papel vegetal sobre um pedaço de isopor, a matriz sobre ele, na área desejada, com a parte áspera (avesso) para baixo. Prenda tudo com alguns alfinetes até ficar bem firme. Espete os alfinetes em perfurações da própria matriz, tomando cuidado de colocá-los perpendicularmente e até o fim. Se estiver utilizando um isopor muito fino, você deverá colocar quantas lâminas forem necessárias para que o papel vegetal e matriz fiquem bem firmes. Coloque sempre um papelão ou revista velha se estiver trabalhando sobre uma superfície de madeira ou outra, para que esta não seja arranhada pelos alfinetes.

Tudo estando bem firme, comece a perfurar com o furador. Você deve furar sempre na perpendicular, utilizando mais do que a ponta do alfinete. Você deve introduzi-lo pelo menos 1 cm ou até seu diâmetro máximo. Se sua matriz for de PET, perceberá que, mesmo se tiver perfurando com o mesmo furador que usou para fazer a matriz, parece que os furos estão menores. Isso é normal, pois o material sempre tende a fechar um pouco o diâmetro das perfurações.

As perfurações devem ser perpendiculares para preservar a matriz por mais tempo e facilitar o picote, deixando-o mais evidente. Para facilitar a perfuração, novamente vá espetando um pedaço de vela, para passar parafina no furador.

Terminado o serviço, antes de remover a matriz, verifique se não esqueceu de fazer nenhum furo. Feito isso, remova com cuidado os alfinetes que prendem a matriz e depois a matriz. Você perceberá que as duas folhas de papel vegetal estarão unidas. Elas devem ficar assim até o término do picote. Se trabalhar com folhas tingidas, poderá prendê-las com um pedaço de fita adesiva numa área não utilizada do seu trabalho.

Se você estiver perfurando cartões de frente simples de vegetal, o procedimento será o mesmo. Prenda a matriz e as duas folhas de papel vegetal ao isopor com alfinetes e perfure completamente a matriz, borda e interior. O trabalho estará pronto para ser boleado.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Perfuração do Papel Vegetal: papel tingido

Perfuração do Papel Vegetal Tingido

Estando seu papel tingido, você deverá escolher de que cor quer o relevo. Se a face tingida ficar do avesso, o relevo será branco.

Se você não marcou de que lado tingiu o papel vegetal, terá que fazer um teste de relevo. Com um boleador, pressione o papel vegetal de leve sobre o mouse pad ou feltro, numa área que não vai ser ocupada pelo trabalho. O lado que você pressionou é o avesso. Vire o papel para o lado direito e veja de que cor ficou o relevo (área saliente). Se este ficou da cor desejada, fure a partir desse lado: este será a partir de agora o lado direito do trabalho. Se não ficou da cor desejada, vire a folha e perfure a partir desse lado, que agora passará a ser o direito. Faça isso em ambas as folhas que for usar se estas não estiverem unidas.

Lembre-se: você perfura do direito para o avesso e boleia do avesso para o direito.

Parte 5 - Perfuração do Papel Vegetal

Se você não tingiu o papel vegetal, começará a manuseá-lo agora. Esse tipo de papel, apesar de encorpado em virtude de sua espessura, é muito sensível. Como um papel laminado, qualquer amassado ou vínculo marcará permanentemente o papel. Além disso, umidade o deixa enrugado, um clima quente e seco o faz dobrar ou ficar ressecado e quebradiço. Faça essa experiência: pegue uma pequena tira que tenha sobrado, de aproximadamente 1 cm por 3 ou 4 cm. Coloque-a sobre a palma de sua mão quente em um dia frio. Você verá as duas pontas da tira se curvarem para cima, tamanha a sensibilidade do papel. Portanto, tome muito cuidado ao segurá-lo para não amassá-lo ou marcá-lo, pois estas marcas não desaparecerão

Quando o cortar, corte vegetal suficiente para poder dobrar o pedaço no meio e obter folha dupla. Você irá perfurar, bolear e picotar dois exemplares de um mesmo modelo ao mesmo tempo.

Corte do Papel Vegetal para Cartões Duplos e Simples

Se estiver fazendo um cartão, e ele tiver frente, interior e verso em vegetal, lembre-se de medir a matriz, acrescentar de 0,5 a 1 cm de cada lado e duplicar o valor. A matriz representa somente a parte da frente de um cartão com essas características. Se somente furar a matriz em um pedaço de vegetal pouco maior do que ela, obterá um cartão simples, ou seja, apenas a parte da frente será em papel vegetal. Há cartões com esta característica, mas você terá que decidir antes o tipo de cartão que irá executar.

Lembre-se que geralmente perfuramos e fazemos o relevo em duplas, portanto o valor ou tamanho obtido anteriormente pode e deve ser novamente duplicado, ou uma folha de vegetal de igual tamanho deve se juntar a ela. Não é necessário colar ou prender uma folha na outra: quando começamos a perfurar, as duas se unem.

Uma maneira simples de se fazer isso, principalmente para a confecção de vários cartões com uma mesma matriz, um pedido de uns dez cartões, por exemplo é fazendo a primeira medição para calcular o tamanho total da área de vegetal necessária e dobrando o papel vegetal para obter a dupla de cartões. Por exemplo, a área total do papel vegetal necessário é 20x10 cm. Se usar papel vegetal em rolo, meça a altura de 10 cm e cuidadosamente dobre o vegetal sobre si mesmo e corte de modo que consiga uma faixa de 20 cm dobrada ao meio, ou seja 2 x 10 cm. Com a faixa dobrada, meça e corte o comprimento do cartão que é de 20 cm.

Complicado? É mais fácil fazer do que explicar.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Tingimento do Papel Vegetal 03

Variações da Técnica

Outra sugestão é tingir as duas faces do papel vegetal com cores diferentes mas que combinem. Se não tiver certeza do resultado, faça testes em pedaços de papel vegetal antes de aplicar sua idéia em um pedaço grande de vegetal. Guarde sempre as sobras de papel vegetal, mesmo que amassadas, para essa finalidade.

Pode tentar também usar esponjas, espumas ou outros materiais além do algodão para dar uma textura diferente ao tingimento. Nesse caso, umedeça o material que estiver usando com solvente, passe-o no giz de cera e aplique no papel vegetal com suaves batidas, sem esfregar.

Há inúmeras variações de técnica para tingimento, usando esses e outros materiais, como anilina de flor e álcool. Faça testes para descobrir qual técnica combina mais com o trabalho que irá executar.

Se quiser, prenda uma folha na outra usando um pedaço de fita adesiva, sempre numa área que não vai ser ocupada pelo trabalho. Faça isso para evitar que elas se separem depois de perfurado o vegetal.

Tingimento do Papel Vegetal 02

Para Tingir o Papel Vegetal

Você primeiramente deve forrar com papel absorvente a superfície na qual irá trabalhar. Pode ser algumas folhas de jornal se este não soltar tinta, com ou sem o solvente. Se soltar, coloque um folha de papel 'kraft', papelão, papel tipo jornal, ou algum outro.

Não use plástico, pois este provavelmente vai ficar úmido e tingir, mesmo sem querer, a face do vegetal que está por baixo: o papel vegetal geralmente só é tingido em uma das faces.

Em trabalhos com vegetal tingido, é interessante que as duas folhas de vegetal não estejam soltas, mas apenas dobradas. Sempre que você cortar o papel vegetal, lembre-se de que ele é perfurado, boleado e picotado em duplicata. Se o papel não for tingido, o simples processo de perfuração será suficiente para unir as duas folhas, as quais serão separadas ao fim do picote. Com o papel tingido, isso geralmente não acontece. As folhas ficam soltas e se forem duas folhas separadas, ficará mais difícil mantê-las juntas para serem boleadas e picotadas.

Se optar por mantê-las juntas pela dobra, tome cuidado na hora do tingimento. Quando juntas, as duas faces de cima devem ser tingidas. Não adianta tingir uma folha grande em uma das faces e depois dobrar. Se assim o fizer, você terá a face da frente da primeira tingida e a face de trás da segunda. Isso não está correto.

Se você quiser, pode colocar um pequeno pedaço de fita crepe na face tingida ou fazer uma marcação de algum tipo, a lápis, fora da área que será ocupada pelo trabalho, para saber qual face foi tingida. Como opção, poderá fazer um teste de relevo antes de começar a perfurar o papel vegetal.


Por que todo este cuidado? Observe as figuras acima e abaixo. Dependendo de qual lado você boleie o papel vegetal tingido dessa maneira, o relevo ficará branco ou da cor na qual foi tingido, só que mais claro. Se fizer o tingimento e marcações corretas, poderá escolher, entre essas duas opções, a cor do relevo.



Não é necessário prender o vegetal para ser tingido. Escolha a cor ou cores que vai usar. Se escolher mais de uma, deixe uma pequena faixa sem pigmento e use um chumaço de algodão para cada cor, para que estas não se misturem. Delicadamente, rabisque o papel vegetal com o giz de cera escolhido. A superfície inferior, a base sobre a qual trabalha deve ser firme para não danificar o papel vegetal. Quanto mais pigmento colocar no papel, mais escuro ficará o tingimento.

Você deve cuidar para não arranhar o papel vegetal com alguma impureza que porventura houver no giz de cera. Não adianta apertar muito o giz. Rabisque bem, sem apertar, para pigmentar bem o papel vegetal.

Feito isso na área desejada, com um algodão úmido em solvente, vá diluindo o pigmento sobre o papel. O algodão deve estar úmido, não pingando solvente. Se usar mais de uma cor, não as misture.

Provavelmente removerá boa parte do pigmento ( e da cor) do papel vegetal. Não tem importância. Repita o processo até conseguir a cor desejada. Para evitar isso, guarde os chumaços usados para usar no próximo tingimento, pois o algodão já vai estar pigmentado, tingindo o vegetal já na primeira passagem. Deixe que sequem bem antes de guardá-los, de preferência separando por cores.

Se por ventura o cor do tingimento ficar mais escura do que queria, pegue um chumaço de algodão limpo, umedeça-o no solvente e passe no vegetal para remover o excesso de pigmento.

Também pode aplicar uma outra cor sobre uma superfície já tingida, seca ou não utilizando um chumaço de algodão levemente úmido de solvente com pigmento de outra cor. Nesse caso, nunca esfregue o algodão no papel vegetal: dê pequenas batidas em sua superfície.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Parte 4 - Tingimento do Papel Vegetal

Parte 4 - Tingimento do Papel Vegetal

O Papel Vegetal é um material originalmente branco mas que pode ser facilmente tingido. Em trabalhos só com relevo e picote, principalmente cartões sem figura, o relevo ficará bem mais evidente, valorizando seu trabalho. Houve uma época que havia papel vegetal colorido à venda, não sei se ainda há, mas sai muito mais barato tingi-lo em casa, com a vantagem adicional de deixá-lo da cor, ou cores, que quiser.

Antes de tingir o papel vegetal, você terá de cortá-lo. Corte-o sobre uma superfície dura, para não danificá-lo. O que uso está em rolo. Para cortá-lo eu limpo bem o chão e desenrolo sobre o piso de cerâmica. Eventualmente também o corto sobre o carpete ou forro, sempre com um estilete. Você pode fazer isso também ou adaptar essa idéia para o que tiver a mão. Não faça isso sobre um piso de madeira para não danificá-lo.

A técnica mais fácil de tingimento é aquela na qual se usa giz de cera e solvente, aplicado com um chumaço de algodão.

Inicialmente precisará testar o giz de cera e o solvente que tiver. Não sei se mencionei, mas costumo usar giz de cera da 'Faber-Castel' e solvente mineral da marca 'Varsol'. Tanto um como outro eu já tinha em casa, não os comprei especificamente para o trabalho em papel vegetal. Use o que tiver, fazendo testes para descobrir qual funciona ou não. Pegue um chumaço de algodão, molhe no solvente e passe no giz de cera. Se soltar pigmento, o solvente é adequado.

Advertência: nunca é demais lembrar que estes solventes são substâncias tóxicas e altamente inflamáveis. Elas devem ser manuseadas por pessoas responsáveis, em lugares bem ventilados e longe de fontes de calor e fogo, e guardadas em lugares seguros, longe de crianças e animais.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Confecção da matriz: envelope

Confecção do Molde do Envelope

Se você estiver fazendo cartões, poderá precisar fazer os envelopes. Os cartões tem tamanhos variados e não é sempre que encontramos no comércio tamanhos compatíveis de envelope.

Para fazer um molde para envelope é necessário: um pedaço de cartolina, papel cartão ou similar, pode ser usado; papel de rascunho; régua; lápis; borracha e tesoura.

Comece cortando ou dobrando um pedaço de papel rascunho do tamanho do cartão para o qual está fazendo o envelope. Pegue outro papel de rascunho, este do tamanho aproximado de uma folha A4 ou compatível com o tamanho do cartão. Dobre esta folha maior ao meio, na horizontal e vertical para se encontrar o centro ou encontre-o com a ajuda de uma régua. Coloque o papel do tamanho do cartão aproximadamente no centro, no sentido transversal. Dobre cada um dos quatro lados da folha maior sobre esse papel, deixando alguns milímetros de folga em cada lado. Você obterá algo parecido com o esquema a seguir:


Quando dobrar, cuide para que as duas linhas verticais e as duas linhas horizontais sejam paralelas e que sejam perpendiculares entre si, para que o envelope não fique torto. Corte fora os quatro retângulos das pontas e arredonde os cantos. Se alguma das abas estiver muito grande, como de fato acontece no exemplo do esquema anterior, meça com a régua e corte o excesso, arredondando os cantos a seguir. Dobre a folha no sentido maior e arredonde ambos os cantos ao mesmo tempo com uma tesoura, para que ambos os lados fiquem iguais.

Com a régua meça todo esse rascunho do molde e dobre-o como se fosse para fechar o envelope, para verificar se está tudo certo, se não está torto. Abra-o e, segurando-o sobre uma folha de cartolina ou papel cartão, risque seu contorno.

Corte o molde com uma boa tesoura. Não dobre ou enrole a cartolina já cortada. Mantenha-a esticada. Guarde o primeiro molde no papel de rascunho em uma pasta ou caixa, pois assim como a matriz do cartão, o molde não dura para sempre e quando precisar de outro, já terá o contorno feito.

Não se esqueça de também marcar o molde e seu rascunho com o número ou código do cartão (ou cartões) para o qual foi feito.

domingo, 24 de maio de 2009

Confecção da Matriz: considerações finais

Considerações Finais

Dê um número ou código para a matriz e marque no planejamento esse número ou código para não se perder. Se já tiver um código para o esquema, passe-o para a matriz. Só não deixe de identificá-los.

O papel que você usou sobre o isopor não tem mais utilidade. Ele serviu apenas para cobrir as perfurações do isopor para não confundir quem está furando. Ele deve ser substituído a cada nova matriz que perfurar.

Para cartões geralmente se usa a tela na mesma direção da borda do cartão. Você pode querer variar isso, fazendo um desenho interno inclinado em relação à borda. Para isso, perfure primeiro a borda, remova a tela e dê a inclinação desejada, prendendo novamente a tela na matriz e no isopor para continuar a perfuração.

Para outros tipos de trabalho, como caixinhas, lembrancinhas de maternidade e outros cuja borda é irregular ou não perfurada, faz-se na matriz apenas a parte que vai ser boleada e picotada. Depois aplica-se no papel vegetal na área desejada.

No caso de pequenos trabalhos com borda irregular, perfurada e picotada, proceda como explicado anteriormente, ou seja, perfure a borda a partir de um molde em papel e depois leve à tela metálica para a perfuração da área ocupada pelo desenho de picote e relevo.

Não use uma matriz já perfurada para perfurar outra matriz. Além de provavelmente estragar a matriz original, a outra matriz perfurada assim ficará torta.

Confecção da Matriz: corrigindo erros

Corrigindo Erros

Preste muita atenção para não errar mas, se isso acontecer, e se for um erro pequeno, continue perfurando a matriz até o fim. Terminada a perfuração, remova os alfinetes e a tela. Na matriz, do lado avesso (o lado áspero), com um boleador feche os furos que foram perfurados errado. Neste caso terá de ter um cuidado extra quando for perfurar o trabalho.

Se o erro for muito grande, você poderá remover a tela metálica, cobrir o erro com uma fita crepe e perfurar novamente, depois de recolocar a tela com cuidado para que o trabalho não fique torto. Quando terminar de perfurar, vire a matriz do avesso e feche um pouco os furos errados com um boleador.

Se não quiser ou não puder corrigir os erros dessa maneira, terá de perfurar um outro acetato ou PET desde o início.

sábado, 23 de maio de 2009

Confecção da Matriz: perfuração



Perfuração da Matriz

A primeira coisa a se fazer é imobilizar a folha a ser perfurada. Para isso o melhor é usar alguns alfinetes. O importante é que não fique nenhuma folga entre a tela e futura matriz, para não forçar a tela e afrouxá-la. Se sua tela estiver montada numa moldura alta, corte uma lâmina de isopor do mesmo tamanho da parte interna da moldura. A moldura que eu uso necessita de um isopor de mais ou menos 2,5 cm de espessura. Essa espessura pode variar, dependendo da tela. Se o isopor não tiver espessura suficiente, complete o espaço com revistas ou jornais velhos.

Sobre o isopor, o qual pode ser usado várias vezes antes de ser descartado, coloque uma folha em branco e íntegra e sobre esta o acetato ou a folha de PET. Coloque a tela metálica por cima de tudo, ou encaixe o isopor cortado por baixo se for o caso. Ajeite a matriz para que ela não fique muito torta e prenda-a com alguns alfinetes perto de sua borda. Coloque quantos forem necessários, seis geralmente são suficientes para o acetato e o PET se este estiver bem esticado. Coloque mais se precisar. Fure de cima para baixo o mais perpendicular possível. O PET é mais resistente, cuidado para não se furar se a cabeça do alfinete for muito pequena. Coloque um anteparo sob o isopor se já não estiver usando revistas ou jornais para não arranhar a mesa onde estiver trabalhando. Perfure até o fim, ou o máximo que der.

Teste para ver se a matriz está bem firme, imóvel sob a tela. Ela não pode se deslocar durante o trabalho. Pegue o planejamento e comece a perfuração por um dos cantos, com um furador de tamanho compatível com a tela, furando sempre na perpendicular e até o fim, no centro da célula da malha metálica. Não use apenas a ponta do furador, pois o furo ficará muito estreito.

Não posso ajudar muito aqui. Cada pessoa tem um jeito diferente de furar. Algumas pessoas furam a borda externa inteira primeiro. Outras deixam para o fim ou vão furando o miolo e a borda juntos. Fure do jeito que preferir, obedecendo sempre o planejamento. Onde no esquema houver um 'X' (ou outro símbolo que escolher), deverá haver uma perfuração e onde não houver nada marcado, nada será feito.

Se tiver alguma dificuldade, principalmente com o PET que é mais resistente, experimente passar parafina na ponta do perfurador. Tenha sempre um pedaço de vela para ir espetando. Isso facilita um pouco.

Olhe a tela metálica bem de cima, pois assim verá aonde você já furou. Foi por issso que uma folha de papel sem uso é colocada sob a futura matriz. Como opção, você pode acompanhar a perfuração da matriz pelo reflexo do acetato ou PET, para não se perder durante o processo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Parte 3 - Confecção da Matriz: preparação do material

Quando já estiver com o esquema em mãos, sendo este criado por você, corrigido ou copiado de revistas ou outras fontes, é chegada a hora de perfurar a matriz. Para isso, a primeira coisa a se fazer é preparar o material a ser perfurado.

Preparação do Material

Se for usar acetato de radiografia, poderá usá-lo como estiver ou tentar retirar o pigmento fixado com água sanitária. Não há necessidade de fazer isso. É até mais fácil trabalhar com ela escura. Se tirar os pigmentos totalmente, conseguirá um acetato levemente azulado, transparente.

Se for usar garrafas PET, deverá seguir alguns passos. Primeiro deverá lavar cuidadosamente a garrafa para remover qualquer resto de refrigerante. Depois deverá remover o rótulo e toda a cola que o prendia. Para fazer isso, use algum tipo de solvente. Lembre-se que estes são produtos perigosos e devem se acondicionados e manuseados com cuidado.

Removida a cola, com um estilete ou tesoura de ponta, corte a garrafa, antes das curvaturas superior e inferior começarem. Você obterá assim um cilindro que deverá ser cortado longitudinalmente, depois que este estiver bem seco, obtendo assim um retângulo alongado.

Feito isso, você perceberá que o material se enrolará, formando um cilindro de menor diâmetro. Para mantê-lo aberto será necessário enrolá-lo ao contrário, como se faz com uma folha de papel mantida enrolada por muito tempo, e amarrá-lo com um barbante forte. Evite usar fita crepe ou similares pois elas se soltam e deixam resíduos de cola no PET. Provavelmente terá de deixar assim por vários dias até que ele fique esticado o suficiente para se trabalhar. Não enrole muito apertado pensando que assim diminuirá o tempo necessário. Provavelmente diminuirá mesmo, mas deixará o material com ondulações.

Enquanto você espera, poderá preparar a tela. Para evitar que ela solte ou afrouxe da moldura, é melhor enrolar um barbante na moldura. Você pode fazer isso pegando um bom pedaço de barbante grosso, passando pela primeira célula disponível em um dos cantos e dando um nó. Facilita muito se você endurecer a ponta do barbante com cola branca. Evite usar uma agulha grossa, pois esta alargará as células por onde passar.

Vá enrolando o barbante pela moldura passando por cada célula, sem pular nenhuma e puxando bem. Tome cuidado para posicionar as voltas do barbante uma ao lado da outra e nunca uma sobre a outra. É necessário que fique bem justo. Quando o pedaço de barbante acabar, dê um nó e comece na célula seguinte com um outro pedaço. Faça isso na volta inteira e a tela ficará parecida com isso:


Matriz com Barbante Enrolado


Quando a folha de acetato ou de PET estiver em condições de ser usada, passemos à perfuração.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Planejamento da Matriz: outros trabalhos

Outros Trabalhos

Se estiver planejando outros trabalhos que não sejam cartões, convites ou similares, provavelmente terá apenas que planejar o bloco de relevo e picote para que este seja aplicado ao trabalho.

Para uma caixinha, embalagem para presente ou CD, por exemplo, você terá de fazer o molde da caixinha em cartolina ou papel cartão, cortar o papel vegetal segundo esse molde e aplicar o bloco de relevo e picote que criou para o projeto.

Você também pode utilizar uma caixa de acetato e colar seu trabalho de papel vegetal na tampa, para fazer uma delicada caixa de presente.

Algumas lembranças de maternidade com formatos irregulares, como pequenos babadores, também podem ter seu contorno perfurado no PET ou acetato, a partir de um molde de papel comum. Faça esse molde e o planejamento para a perfuração na tela. Fure primeiro o contorno da lembrancinha e depois leve-a à tela para a perfuração da área rendada.

Quando tiver certeza de que o planejamento que fez está do jeito que você quer, passe para o próximo passo, o qual é a confecção da matriz.

Planejamento da Matriz: matriz fechada

Matrizes Fechadas

Chamo de matriz fechada uma matriz onde não há espaço para a figura, mas este pode ser criado durante a perfuração do papel vegetal deixando-se de furar blocos de relevo e picote.

Com esse tipo de matriz você pode confeccionar vários modelos de cartões com apenas essa única matriz. Observe o desenho abaixo, ele já é um velho conhecido.



Com uma matriz fechada você pode confeccionar vários modelos de cartões. Você pode utilizar apenas a borda externa, sem nenhum relevo central ou perfurá-la completamente, obtendo assim um cartão só com relevo e picotes, sem desenho ou pintura. (vou fazer a contagem: 2 cartões)

Há outras possibilidades: perfurar apenas o que está em amarelo e conseguir uma moldura estreita, perfurar as duas molduras de flores menores, sem os quadrados, obtendo assim duas molduras de flores. Ou perfurar a moldura em amarelo e apenas as três flores dos quatro cantos (some +3 => já são 5 cartões diferentes)

Fure o que está em amarelo e laranja, como no desenho do dia 11 de maio, ou acrescentar o que está em vermelho, deixando um espaço quadrado para o desenho. (some +2 => 7 cartões)

Perfure apenas as duas linhas horizontais laranjas ou as duas colunas verticais. (some +2 => 9 cartões)



A figura acima é outro exemplo. Se não perfurar os dois blocos centrais em baixo como está em cima, terá outro modelo, assim como o inverso é verdadeiro: perfurar os dois blocos centrais superiores igual à perfuração da base. (some +3 => 12 cartões).

Só com alguns exemplos já temos 12 cartões diferentes, baseados apenas nas perfurações possíveis, sem levar em conta variações de relevo ou picote. É claro que provavelmente não irá gostar de todos os modelos, é natural que aconteça, escolha os que mais gostar ou os que forem mais adequados ao propósito do cartão ou ao desenho que queira aplicar

Resumindo, uma matriz fechada é muito mais versátil em virtude dos inúmeros modelos que poderá confeccionar com ela. Portanto, sempre que possível, planeje e confeccione matrizes fechadas, é só completar os blocos de desenho no interior da matriz. Pode até ser mais trabalhoso, mas valerá a pena.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Planejamento da Matriz: desenhando o esquema

Desenho do Esquema no Papel Quadriculado

Tente vários desenhos num papel de rascunho e, quando tiver uma boa idéia do que pretende fazer, passe a reproduzi-lo no papel quadriculado. Mesmo que seu esquema for simples, faça o primeiro desenho a lápis, pois, qualquer distração poderá fazer com que erre. Se puder apagar e corrigir, será bem melhor.

Comece escolhendo um símbolo para representar as perfurações. Nos esquemas dessa apostila utilizei o 'X'. Escolha um símbolo fácil de fazer e que fique bem visível. Não pinte totalmente o quadradinho, pois vai se confundir na hora de perfurar a matriz. Além disso, escolha uma cor de caneta para marcá-los. Procure sempre usar este símbolo e cor de caneta em todas os esquemas de matrizes que fizer. Escolha também uma cor bem diferente para desenhar o futuro relevo do trabalho no esquema da matriz. Por exemplo, use vermelho para as marcações de relevo e azul para as perfurações. Utilize preferencialmente canetas que não borrem quando molhadas. As canetas esferográficas são as melhores.

No papel quadriculado, os riscos representam a tela metálica e os quadrados as células da tela. Vá contando os quadrados e marcando os lugares das perfurações, a lápis. Lembre-se de deixar espaço para o desenho da margem e borda se esta não tiver incluído em seu rascunho. Depois disso, marque o meio do trabalho, vertical e horizontalmente. Esse meio pode cair sobre a tela metálica, representada pelas linhas do quadriculado, ou sobre um dos furos. Isso não faz diferença, mas deve ser marcado com precisão para o cartão não ficar torto. Verifique se não cometeu nenhum erro, corrija o desenho se necessário. Passe tudo a caneta.

Com uma caneta de outra cor, faça o desenho do relevo planejado para esse trabalho e as marcações dos centros do trabalho. Se não alcançou o centro, escreva quantos blocos de relevo e picote são necessários para completar o esquema. Não confie na memória. Faça todas as anotações que sejam pertinentes ao trabalho. No início você só terá poucos modelos, mas se continuar a trabalhar com papel vegetal, com o passar do tempo esse número aumentará. Organize-se desde o início para não se perder mais tarde.

Dê um número, código ou nome que identifique esse esquema, escrevendo-o no próprio esquema.

Faça seus próprios modelos mesmo que os primeiros sejam bem simples e suas variações. Há várias sugestões ao longo da apostila.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Planejamento da Matriz: margem e borda - 02

Planejamento da Matriz: acertos e erros.

No caso de cartões, quanto mais simétricos eles forem em seus elementos constituintes, mais bonitos eles ficarão. Por exemplo, se um dos cantos for formado por dois conjuntos de cinco perfurações separados, como visto no desenho original da postagem anterior, os outros também devem ser iguais. Para conseguir essa simetria, você deve sempre ajustar a borda externa nos cantos e/ou no centro.

Veja no esquema a seguir um erro que não deve ser cometido.


No esquema acima, o desenho central não foi levado em consideração para o desenho da borda. Comecei pelo canto superior esquerdo e fui dando a volta, seis perfurações intercaladas por uma. Apesar de o cartão estar simétrico (tente traçar uma linha diagonal e compare as duas metades), ele ficou estranho, pois seus cantos não estão todos iguais. Além disso, uma linha de seis perfurações parece ser um pouco grande para um cartão tão pequeno.

No esquema abaixo, um planejamento de borda mais harmonioso, levando em conta os centros dos lados do cartão. Cada quarto do cartão é uma imagem do outro, mesmo que a imagem esteja invertida, como em um espelho.

Lembre-se que além desse há outros planejamentos que podem ser considerados harmoniosos. Também há alguns cartões com formato assimétrico, mas estes foram frutos de um planejamento cuidadoso e não de erros. Tente algumas variações antes de decidir qual ficará melhor.

Sempre que possível, planeje uma matriz fechada, ou seja, completando o espaço onde estaria a figura. Dessa maneira, você poderá escolher se fará um cartão só com relevo ou com figura. Um exemplo de matriz fechada é o desenho da matriz do dia 16 de maio. Se prestar atenção, é o mesmo desenho da matriz da postagem do dia 11 de maio, só que em uma há espaço para o desenho central e outra não. Escreverei sobre elas mais adiante.

Planejamento da Matriz: margem e borda - 01

Planejamento da Margem e Borda

Decidido o desenho do picote e o relevo central do cartão, passemos agora a planejar a margem e a borda externa do cartão. Observe o esquema a seguir, onde o 'X' representa as perfurações.

A primeira coisa a ser decidida é o tamanho da margem. Você pode simplesmente medir um espaço com a régua e cortar o papel vegetal com um tesoura comum, sem relevo ou picote. Mas um trabalho em vegetal fica bem mais bonito e melhor acabado se a borda externa também for boleada e picotada. Isso valoriza o resultado final. E para isso o planejamento também é necessário.

É muito mais fácil, ao invés de medir seu tamanho em milímetros, medir seu tamanho em perfurações, ou seja, em células da tela metálica.

Observe que, no esquema há um a distância de duas células, ou perfurações entre o conjunto de quatro pontos na extremidade do bloco e a margem, marcado por 'O'. Esta é a largura da margem medida a partir do conjunto de quatro furos mais próximo dela.

Esquema do Planejamento da Borda do Cartão

Você pode aumentar essa largura para três ou mais pontos mas aumente dos dois lados do cartão. Se você fizer isso, terá de ajustar os cantos. No esquema anterior, marcado com 'o', um exemplo de ampliação. Preste atenção aos cantos.

No exemplo original do esquema, a borda constitui-se de uma linha de cinco perfurações, dois furos na linha de cima, intercalando com quatro na mesma linha dos cinco primeiros, até terminar no canto, com cinco. Olhe o esquema que vai entender melhor. Mas como chegamos a isso?

Você pode tentar 'chutar' uma seqüência e depois ajustar nos cantos ou no centro, ou projetá-la de maneira que a borda se ajuste ao desenho central, pois o desenho central geralmente é a repetição de um motivo.

No esquema, foi só dar dois pontos de largura para a margem 'O', furar ('X') acrescentar um ponto de cada lado ('x'), subir e marcar mais dois pontos de cada lado na linha de cima, seguir a sequência até o canto e completar o mesmo: borda completa. Observe a seqüência a seguir.



Este é apenas um dos esquemas possíveis. Ao invés de dois furos intercalando com quatro, poderia ser um furo intercalando seqüências de quatro e cinco pontos. Não importa o quão complicada seja a seqüência da borda do cartão, o importante é que ajuste esta seqüência de modo que ela seja completada. Por exemplo, se decidir fazer uma seqüência de seis e dois furos em um dos lados, quando chegar próximo ao canto deverá completar o conjunto de seis, e não ir só até o quarto ou quinto furo.


Se isso não for possível, ajuste o conjunto do meio da seqüência, acrescentando ou retirando furos nesse conjunto.

Além do jeito descrito anteriormente, seguindo o desenho central, há outros. Se você não quiser seguir o desenho ou não puder, por este ser muito irregular, muito pequeno ou deslocado para um dos lados do trabalho, você pode criar qualquer sequência de pontos e depois ajustá-la ao tamanho necessário. Também pode adaptar bordas de outros trabalhos e fazer pequenos ajustes.

Lembre-se que você deverá fazer todo esse planejamento a lápis pois principalmente no início, poderá ter de fazer ajustes. Nunca pule um passo e comece diretamente a furar a matriz, pois uma vez furada, fica muito mais difícil de arrumar.

sábado, 16 de maio de 2009

Planejamento da matriz: relevo central

Planejamento do Relevo Central

Pegue um papel de rascunho qualquer e, sem se importar se o esquema vai ficar reto ou não, tente criar alguns blocos centrais de relevo, combinando entre si os blocos de perfurações apresentados no esquema anterior. Vale usar o programa Paint, ao menos o esquema ficará reto. Para usá-lo coloque o Zoom em 8x e no menu "Exibir" e Zoom, selecione "Mostrar Grade". Pronto: terá uma grade virtual para testar suas idéias. Lembre-se, cada quadradinho da grade significa uma célula da tela metálica e portanto, cada quadradinho que pintar, um furo no vegetal.

Comece com um desenho simples e certamente esquemas mais complicados logo surgirão em sua mente. O que vale aqui é a criatividade a ser desenvolvida e isso cada um tem que fazer por si.

Decida o tamanho aproximado da frente do cartão repetindo os blocos até chegar ao tamanho desejado. Lembre-se de terminar o bloco, não deixando o relevo pela metade. O que você não deve fazer é o que pode ser visto no esquema 3, onde, no último bloco falta parte de um conjunto de quatro furos e um inteiro para o picote em 'X'. O correto pode ser visto nos esquemas 1 e 2.

Isso aconteceu porque o espaço era pequeno e acontece também com as folhas de papel quadriculado. O tamanho tanto da folha do bloco quanto do caderno universitário não é suficiente para desenharmos o esquema completo de quase todos os trabalhos. O que fazemos na maioria das vezes é desenhar o que couber na folha e fazer um risco para marcar a metade do trabalho, tanto vertical quanto horizontalmente. Se mesmo assim o tamanho não for suficiente, marque quantas vezes o bloco de desenho deve ser repetido para a execução do trabalho.

Na figura abaixo está o desenho de uma matriz. O bloco individual desse cartão é constituído de um desenho de um quadrado com quatro flores nos cantos, em amarelo. Observe que, pelo planejamento do próprio cartão, uma lateral do quadrado com suas duas flores é sobreposta ao bloco diretamente ao lado. Contando, há quatro blocos no menor lado do cartão e seis no lado maior. Você pode acrescentar ou remover esses blocos, alterando assim o tamanho do cartão.



Desenho de uma matriz fechada ressaltando o bloco.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Planejamento da matriz: continuação

Primeiros Passos - 02


Combinando agora os elementos dos esquemas 2 e 3, teremos um novo esquema, a seguir. Assim como acrescentamos mais quatro perfurações com picote em 'X', tanto poderíamos ter acrescentado apenas dois furos, sem picote, como no esquema 1.

Ou podemos repetir o desenho do esquema 3, acima e abaixo, obtendo assim três linhas de 'flores' (se este for o relevo escolhido) como você pode conferir no esquema a seguir. Percebem a repetição do mesmo bloco?


O relevo poderia ser mesmo as três linhas de flores:


Ou talvez você prefira flores maiores:



Lembro novamente que os relevos exemplificados não são os únicos possíveis. Tente inventar outros baseados nas idéias e modelos já apresentados.

Além do picote em 'X' há muitos outros conjuntos de perfurações que podem resultar em picotes de formas diferentes. Veja alguns exemplos no esquema a seguir. Pode-se girar esses conjuntos de perfurações para que se ajustem melhor ao seu planejamento. Por exemplo, o conjunto de seis perfurações no canto superior esquerdo que está na vertical formando duas colunas de três perfurações poderia estar na horizontal, formando três colunas de duas perfurações. Em azul estão representados os picotes mais usados em cada caso.



Em alguns casos, até mesmo um conjunto de perfurações pode propiciar alguns tipos de picote diferentes. Nesse caso, o que vai limitar a escolha do picote é a resistência do papel. Por exemplo, em um conjunto de doze furos dispostos em duas linhas, você pode picotar o conjunto todo com indicado no esquema 8 ou pode picotar três 'X'. Como o picote não é preciso como um corte de estilete e você poderá rasgar o papel vegetal onde não queria, estragando o planejamento original.

Evite criar conjuntos muito grandes para serem picotados ou que removam áreas muito grande de papel vegetal. Isso tira a resistência do trabalho, principalmente se trabalhando com vegetal de gramatura menor.


Vamos começar a planejar um cartão na próxima postagem, até mais.